quarta-feira, 21 de maio de 2008

Leucemia

A Leucemia é uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. Nesta doença, a medula óssea produz glóbulos brancos anómalos que, com o tempo, ultrapassam, em número, os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas, tornando-se difícil o sangue conseguir realizar a sua função.

Tipos de Leucemia
  • Leucemia linfocítica aguda: tem uma evolução rápida, afectando os linfócitos (células imunitárias).
  • Leucemia linfocítica crónica: afecta, também, os linfócitos, tendo uma evolução lenta.
  • Leucemia mielóide aguda: a doença evolui rapidamente e afecta os mielócitos (originam granulócitos, que são células imunitárias).
  • Leucemia mielóide crónica: evolui lentamente e atinge os mielócitos.

Factores de risco

  • Níveis muito elevados de radiação: pessoas expostas a níveis muito elevados de radiação, apresentam maior probabilidade de desenvolver leucemia.
  • Trabalhar com determinados químicos: a exposição a níveis elevados de benzeno e de formaldeído, no local de trabalho, pode causar leucemia.
  • Quimioterapia: uma pessoa com cancro, tratada com determinados fármacos anti-cancerígenos, anos mais tarde pode vir a desenvolver leucemia.
  • Síndroma de Down e outras doenças genéticas: algumas doenças genéticas, causadas por cromossomas anormais, podem aumentar o risco de leucemia.
  • Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): este vírus causa um tipo raro de leucemia linfocítica crónica, conhecida como leucemia das células T humanas. No entanto, a leucemia não é contagiosa.
  • Síndrome mielodisplásico: uma pessoa com esta doença do sangue, tem um risco elevado de desenvolver leucemia.
    Muitas que estão expostas a estes factores de risco não chegam a desenvolver a doença.

Sintomas

  • Febre e suores nocturnos.
  • Infecções frequentes.
  • Sensação de fraqueza ou cansaço.
  • Dor de cabeça.
  • Sangrar e fazer nódoas negras (hematomas) facilmente.
  • Dor nos ossos e articulações.
  • Inchaço ou desconforto no abdómen (em consequência do aumento do baço).
  • Gânglios inchados, especialmente os do pescoço e das axilas.
  • Perda de peso.

Diagnóstico

  • Exame físico: o médico observa a pessoa, para verificar se existem alterações, por exemplo, dos gânglios linfáticos, do baço e do fígado.
  • Análises sanguíneas: o laboratório faz a contagem de células do sangue. A leucemia causa uma grande elevação da contagem dos glóbulos brancos, ou diminuição dos mesmos. Também provoca níveis baixos de plaquetas e hemoglobina.
  • Biópsia: o médico remove uma porção de medula óssea, do osso da bacia; a amostra é analisada ao microscópio, por um patologista. A biópsia é o único método seguro de saber se as células tumorais se encontram na medula óssea. Existem dois processos para obter a amostra:
  • Aspiração da medula óssea: o médico usa uma agulha, para remover amostras de medula (interior do osso).
  • Biópsia da medula óssea: o médico usa outro tipo de agulha, para remover um pedaço de osso.
  • Citogenética: no laboratório, são feitas análises aos cromossomas de células colhidas de amostras de sangue periférico, de medula óssea ou de gânglios linfáticos.
  • Punção lombar: o médico remove algum líquido cefalo-raquidiano (líquido que preenche o espaço dentro e em redor do cérebro e da espinal medula). O médico usa uma agulha fina, para remover líquido da coluna vertebral.
Tratamento
  • Quimioterapia
  • Imunoterapia: Este tipo de tratamento melhora as defesas naturais do organismo contra o cancro. O tratamento é administrado por injecção numa veia.
  • Radioterapia
  • Transplante de células estaminais: permite o tratamento com doses mais elevadas de fármacos, de radiação ou de ambos. As doses elevadas, destroem tanto as células cancerígenas como os glóbulos sanguíneos normais da medula óssea. Mais tarde, a pessoa recebe células estaminais saudáveis, através de um catéter. A partir das células estaminais transplantadas, provenientes da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical, desenvolvem-se novos glóbulos sanguíneos.

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